- Capa comum: 462 páginas
- Editora: Record (10 de março de 2017)
- Idioma: Português
- ISBN-10: 8501087203
- ISBN-13: 978-8501087201
- Dimensões do produto: 22,6 x 15,2 x 3 cm
- Peso do produto: 540 g
Alfred Rosenberg foi uma figura importante no círculo íntimo de Adolf Hitler: sua obra sobre a filosofia racista se tornou um best-seller nacional e um dos pilares da ideologia nazista. Declarado culpado e executado durante os julgamentos de Nuremberg, Rosenberg mantinha um diário, peça-chave para desvendar a mente por trás de tantos crimes, que desapareceu de forma misteriosa e percorreu o mundo até ser encontrado, depois de uma busca de dez anos, pelo agente do FBI Robert K. Wittman.
Com base nos registros de Rosenberg sobre sua participação no confisco de obras de arte e na brutal ocupação da União Soviética, suas conversas com Hitler, sua eterna rivalidade com Göring, Goebbels e Himmler, O diário do diabo revela as engrenagens do regime nazista – e a mente do homem cuja visão extremista deu origem à “Solução Final”.
O diário do diabo é um livro que traz trechos do diário escrito durante muitos anos por Alfred Rosemberg, que foi um dos mais importantes ideologistas do nazismo e também cofundador do partido nazista. Esse foi encontrado no final da segunda guerra mundial mas se perdeu em 1949, ficando sumido durante algumas décadas, até que Robert Wittman conseguiu encontrá-lo, com sua experiência em recuperação de artefatos históricos, bem como consultor do FBI, e, assim, teve uma pista do diário em 2001, levando-o ao documento uma década depois.
Alfred Rosemberg foi o principal consultor de Hitler e quem fomentou o antissemitismo com ideias sobre a tal “conspiração judaica mundial por trás da Revolução Russa”, o que, inclusive, culminou na invasão dos alemães na Rússia em 1941.
Rosemberg escreveu “O mito do século XX”, um livro que vendeu mais de um milhão de cópias e foi a “bíblia” do nazismo, junto com Mein Kampf, Do Hitler, apesar da crítica especializada da época o julgar confuso e pouco objetivo porque juntava um conjunto de falsas crenças não comprovadas de antigos filósofos e teóricos, com suas próprias crenças políticas. Ou seja, Rosemberg criava e recriava teorias fundamentadas em falsas premissas para balizar suas crenças conspiratórias.
Eu tive altas expectativas com o livro, que não foram atendidas. Acreditei que encontraria o diário na íntegra, e isso não aconteceu. O que temos é um relato minucioso sobre as buscas ao diário, o que é uma parte muito interessante do livro, com relatos esparsos e confusos sobre toda a trajetória do nazismo, num zigue-zague pouco produtivo que mais confunde do que ajuda o leitor. O diário, na verdade, é utilizado no livro como fonte para a narrativa dos fatos, para comprovação da ideologia nazista e como norteador dos acontecimentos.
Portanto, para quem busca uma leitura completa do diário de Rosemberg, essa não é uma leitura recomendada, mas para quem busca entender a ideologia nazista e como o partido foi criado, eis aqui um material interessante.
Minha avaliação pessoal do livro:
A HISTÓRIA PRENDE O LEITOR 3/5